Protesto do MST paralisa transporte de carga entre Pará e Maranhão

Cerca de 6 mil militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, nesta quinta-feira (22), um trecho da Estrada de Ferro Carajás, em Parauapebas (PA), como forma de pressionar o governo federal e a mineradora Vale pela regularização fundiária do acampamento Terra e Liberdade — o maior do MST no país, com mais de 8 mil famílias cadastradas pelo Incra.
O MST cobra a criação imediata de assentamentos na área e a implementação de políticas públicas voltadas à reforma agrária e ao fortalecimento da agricultura familiar.O trecho ocupado pelos militantes é estratégico para a logística da mineradora, sendo parte da rota utilizada para o escoamento do minério de ferro extraído em Carajás até o Porto da Madeira, em São Luís, no Maranhão.
A paralisação do tráfego ferroviário representa, portanto, um ponto de pressão sobre a empresa e o governo federal.O MST afirma que a ocupação continuará até que haja uma resposta concreta às reivindicações e reforça que a luta pela terra e pela dignidade dos trabalhadores do campo seguirá firme.